Divirta-se!

sábado, 30 de outubro de 2010

Quero o descanso no seu peito, encaixada nas suas axilas.
Quero sentir seu suor no meu corpo quente.
Quero seu cabelo molhado (por mim), ou seco (pra eu bagunçar).
Quero os lençóis desarranjados e o colchão molhado.
Quero que se dane a sua camiseta.
Quero a minha roupa fazia, desencontrada.
Quero a manhã tardia dizendo que é cedo.
Quero seu hálito amanhecido e sua remela sem espelho.
Quero sua escova de dentes no meu banheiro.
Quero meu óleo nas suas mãos e os seus dedos no meu cabelo.
Quero que a coberta caia e os olhos saiam.
Assim, quero que a lua nos inveje e se queixe pro seu mar.
Quero que grite meu nome, implore, nao se contenha.
Quero a mistura, de nós.
E quando estiver escondido um segredo sob o seu travesseiro, vou te pedir com carinho só mais um beijinho.
E, Deus, tomara que vc nao me atenda!








Te amo muito coisinho! ;)

domingo, 29 de agosto de 2010

No sorriso da minha alegria
Tem algo mais que porpurina
E é uma festa particular
Acontecendo atrás da cortina
O olhar é um grande salão
Que nao sabe o que revelar

Na expressão mais cálida
Sentimento tão pulsante
Contenção e barreira
Queda e cachoeira
Correnteza lava e leva
Segue o curso

Que cara farei pros desavisados?
Que sorriso darei ao meu amado?

Ah! Se soubesses a confusão que amanhece
E entardece em mim (constante)
A noite faz-me carinho na mente
Me envolve: Abraço calmante
Faz despedida pra fazer reencontro
Nos sonhos; pra me encher de vida.

(14/07/2010)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

É aninhar-se em sonho e ter a perfeição do abraço.
É não apenas querer-te comigo, mas querer-me contigo, querer menos a mim e mais a nós.
É saber-me feliz mesmo enquanto lateja.
É ver o mundo sob uma fagulha da luz dos deuses.
É reconhecer-lhe todas as cores.
É querer pensar dúvida e sentir certeza.
É saber-se piada no Olimpo, e rir também.
É ter urgencia sabendo que nao vai faltar.
É vontade que dá, e não passa.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste"

Dialética - Vinicius de Moraes

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Protelando

Então, dívida de aposta é uma merda. E sei que vou ter que pagar, mas to sem saco pra isso agora. Então, devo e não nego, pago só quando quiser =p
No lugar disso, vai outra coisa, me desculpem, mas mais importante ;p

Feito criança

Excessão
Me vira do avesso
Furacão e eu fico melhor

Incontestável
Meu sorriso gosta
E até meu cabelo mostra
O bem que faz

Rápida a conquista
Longa a espera
Permanente presença
Persistente pensamento
Juramento sincero:
Te quero.

sábado, 17 de julho de 2010

Preconceito cotidiano

Estava voltando pra casa altamente irritada por perder meu casaco preferido e constatar que esse é o fim preferido dos meus casacos preferidos quando, devido ao formigueiro humano nas calçadas mal feitas das ruas do centro empaquei atrás de duas mulheres. Uma era alta e elegante, a outra, mediana, levava várias sacolas de compras.

- Você não sabe, ontem eu vi um cara super bonito com uma anã. E aquilo me fez sentir uma coisa, uma revolta. Quer dizer, eles estavam lá, de braços dados e felizes. Eu não deveria ter sentido o que eu senti. Eu senti preconceito, como se ela não pudesse fazê-lo feliz. Mas era um casal feliz e eu não deveria ter sentido preconceito - Disse a mulher alta.

Então a mulher com as sacolas logo se pôs a consolar a amiga. Foi quando eu não me contive e as interrompi passando apressada entre as duas, com um pedido de desculpa tão sutil e a contra gosto que nem fora percebido. E sumi, antes que pudesse ouvir mais qualquer coisa.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Despedida


Quando não me conformo, só colcha de retalhos mesmo..



"Sabíamos que não nos veríamos mais, senão por acaso. Mais que isso: que não queríamos nos rever. E sabíamos também que éramos amigos. Amigos sinceros".(Clarice Lispector)

"É muito mais difícil dizer adeus quando não há nada mais pra se dizer" (Descendo a serra - HG)

"I cry when angels deserve to die" (Chop Suey - System Of a Down)

domingo, 11 de julho de 2010

Uma vez ouvi do HG que existem dois tipos de música que valem a pena existir. O primeiro é o tipo que quando toca na rádio você corre pra aumentar o volume. O segundo é aquele que quando ouve, você corre pra desligar o rádio. O que eu vou postar hoje, se fosse uma música se encaixaria no segundo grupo. Entao, é tao ruim que merece ser mostrado.
Tenho que aprender que quando se tem febre, nao se deve tocar na caneta.


O choro do cachorro lá fora quase é meu (cão sem dono). Choro manso e fino, no ritmo da noite. OLhos caramelos na escuridão, e só. Não cansa, não muda, não cala. Espera. Eu nem consigo mandá-lo embora. É tão bonito, incomum. Tomaria o lugar da lua pra passar a noite observando-o, mas minha fera negra não atende o seu chamado. Permanece inerte, não parece ouvir seu canto ou sentir sua dor. Ou talvez se divirta, num charme sádico que desatina. Não, não desatina o cão danado que chora constante lá fora. Nem isso. A natureza da circunstância lhe tirou o direito de ser danado. E seu choro lírico, manso e fino nem parece choro. Como o meu.

domingo, 27 de junho de 2010

Escrevo quando estou triste, as palavras saem desconcertantes como cairiam lágrimas dos olhos.
Quando estou feliz, lágrima é brisa que evapora.
Quando estou com medo escrevo. Canto em silêncio o mesmo verso como uma oração.
Também quando há revolta, as palavras saem xingando o leitor, transmitindo o amargo da ira, o pulsar do peito e o estremecer da veia.
Quando estou feliz: calma. A felicidade me cala e aconchega. Só a tempestade me obriga a escrever pra respirar.
Queria uma palavra. Apenas uma palavra pro vento cantar enquanto toca o seu rosto. Uma palavra que contivesse toda simplicidade de cada momento, simples como esse sentimento. Uma palavra que o vento pudesse repetir e repetir e repetir sem cansar ou desagradar. E que o resto do mundo entendesse a canção.

domingo, 13 de junho de 2010

Mas eu nao resisto!..

Então, precisando atualizar e sem inspiração... E conversando e pensando em como eu sou pra tentar escrever um post decente ele me veio a cabeça.. então vai ser o dono do post. Esse texto foi escrito por um amigo, sobre mim. E eu nao posso deixar de admitir o quanto tem de mim nele.
É isso. Abraço aos poucos e bons!



O Azul e Ela*

Ela comporta um mistério que nem ousa imaginar. E também não importa: tem suas certezas nas mãos. Compassa os pensamentos em ritmo continuo. É o ritmo quando sonha. Abstrai o futuro e passado e os trazem como imagem no coração. Costuma silenciar nas horas certas - se é que existe hora certa. Mas para ela, há. E ela silencia como quem sabe que a voz do silêncio é mais audível que qualquer grito que possa dar. Ela sabe que o silêncio é sempre maior.
Tempos atrás, esse silêncio lhe levou para dentro de outras pessoas. Assustou-se e recordou quando não havia acontecido. Viu o mundo em cores e preferiu apenas usar a voz - aquela voz serena e confiante, mais harmoniosa que a natureza oceânica escondida embaixo dos cais - apenas quando era preciso falar. Não fazia rodeios. Seu vocabulário era o olhar.
Certo dia se vestiu de azul. Toda de azul. Uma cor viva, radiante, que inspira vida: a cor do céu onde os sonhos dormem e a cor do mar, onde os desejos afloram. Mas, o semblante não estava de acordo com o azul. Não tinha cor. Uma lágrima não seria pior e um sorriso não seria melhor. Semblante estático, como quem consegue agarrar a vida pelas mãos e começar a sentir que todas as certezas são desnecessárias - e que o que ela deseja é o que não se pode explicar aos normais. Mas o azul era sua esperança.
De repente, resolveu sair e reparou como todos passaram por ela. E, desta forma, ela passou a olhar apenas dentro dos olhos de todas as pessoas que via. Esqueceu o ambiente e se preocupou apenas em ler os olhares a sua volta. Olhares cansados, tristes, melancólicos, alegres, mundanos, idoso, jovem. Em todos os olhares, ela buscou achar estrelas e constelações, atrás das retinas e pupilas que lhe assombravam naqueles dias cinzentos. Olhou nos olhos de todos e só viu estrelas e constelações. Por isso, achou que todos podiam compreender seu olhar, seu lindo olhar oceânico. Achou que os normais entenderiam seu vocabulário único e direto, pois havia visto estrelas e até galáxias nos olhos de outras pessoas. Mas, quando olhou no espelho, dentro dos próprios olhos, só viu uma imensidão, uma longa imensidão. E azul.

sábado, 5 de junho de 2010

Again!

Publicar postagem

Então, vamos ver se dessa vez eu consigo manter isso aqui.. é bom testar a paciência de vez em quando..
Pela primeira vez eu não vou começar com O azul e o Ela, embora seja o texto mais legal e mais 'a ver' e que eu fico mais boba de ter inspirado (Salve Sthevo!). Afinal, todos que um dia já viram um blog ou flog ou qq coisa de desocupados da internet meu já leram. Então vai algo novo.




Pequenina

Ela brinca de rodar sob a luz
Uma roda maior anuncia
Bailarina sem sapatilha
Abraça o vento
(harmonia)

A imagem mais bonita
Sobre a mesa, sob a luz
E se caísse a bailarina,
Que fotografia daria?

Estrela reluzindo
Girando no mesmo sentido
A lua refletida no mar
Mostra só o seu sorriso

Ela brinca de rodar sob a luz
Uma roda maior anuncia
Bailarina sem sapatilha
Gira os sonhos escuros do mundo
Tão leves em seus cachinhos.

13/05/2010
Para Hemilly.