Divirta-se!

domingo, 13 de junho de 2010

Mas eu nao resisto!..

Então, precisando atualizar e sem inspiração... E conversando e pensando em como eu sou pra tentar escrever um post decente ele me veio a cabeça.. então vai ser o dono do post. Esse texto foi escrito por um amigo, sobre mim. E eu nao posso deixar de admitir o quanto tem de mim nele.
É isso. Abraço aos poucos e bons!



O Azul e Ela*

Ela comporta um mistério que nem ousa imaginar. E também não importa: tem suas certezas nas mãos. Compassa os pensamentos em ritmo continuo. É o ritmo quando sonha. Abstrai o futuro e passado e os trazem como imagem no coração. Costuma silenciar nas horas certas - se é que existe hora certa. Mas para ela, há. E ela silencia como quem sabe que a voz do silêncio é mais audível que qualquer grito que possa dar. Ela sabe que o silêncio é sempre maior.
Tempos atrás, esse silêncio lhe levou para dentro de outras pessoas. Assustou-se e recordou quando não havia acontecido. Viu o mundo em cores e preferiu apenas usar a voz - aquela voz serena e confiante, mais harmoniosa que a natureza oceânica escondida embaixo dos cais - apenas quando era preciso falar. Não fazia rodeios. Seu vocabulário era o olhar.
Certo dia se vestiu de azul. Toda de azul. Uma cor viva, radiante, que inspira vida: a cor do céu onde os sonhos dormem e a cor do mar, onde os desejos afloram. Mas, o semblante não estava de acordo com o azul. Não tinha cor. Uma lágrima não seria pior e um sorriso não seria melhor. Semblante estático, como quem consegue agarrar a vida pelas mãos e começar a sentir que todas as certezas são desnecessárias - e que o que ela deseja é o que não se pode explicar aos normais. Mas o azul era sua esperança.
De repente, resolveu sair e reparou como todos passaram por ela. E, desta forma, ela passou a olhar apenas dentro dos olhos de todas as pessoas que via. Esqueceu o ambiente e se preocupou apenas em ler os olhares a sua volta. Olhares cansados, tristes, melancólicos, alegres, mundanos, idoso, jovem. Em todos os olhares, ela buscou achar estrelas e constelações, atrás das retinas e pupilas que lhe assombravam naqueles dias cinzentos. Olhou nos olhos de todos e só viu estrelas e constelações. Por isso, achou que todos podiam compreender seu olhar, seu lindo olhar oceânico. Achou que os normais entenderiam seu vocabulário único e direto, pois havia visto estrelas e até galáxias nos olhos de outras pessoas. Mas, quando olhou no espelho, dentro dos próprios olhos, só viu uma imensidão, uma longa imensidão. E azul.

3 comentários:

  1. sthevo resumiu o nosso papo de hj no msn...antes mesmo da conversa acontecer....bj Gil até sábado!!

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  2. Adorei o Post fico otimo mesmo o cara tem talento ainda mais decifrar em palavras uma pessoa tão dificil de decifrar,Beijos Gil otimo Blog!!

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  3. Ele mandou mt bem!

    Mas quero ver alguma coisa sua!

    Abre o blog, se abstraia de tds os ruidos a sua volta, e deixa fluir, que vai vir algo, involuntário e sincero!

    Bjao!

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