Divirta-se!

sábado, 17 de julho de 2010

Preconceito cotidiano

Estava voltando pra casa altamente irritada por perder meu casaco preferido e constatar que esse é o fim preferido dos meus casacos preferidos quando, devido ao formigueiro humano nas calçadas mal feitas das ruas do centro empaquei atrás de duas mulheres. Uma era alta e elegante, a outra, mediana, levava várias sacolas de compras.

- Você não sabe, ontem eu vi um cara super bonito com uma anã. E aquilo me fez sentir uma coisa, uma revolta. Quer dizer, eles estavam lá, de braços dados e felizes. Eu não deveria ter sentido o que eu senti. Eu senti preconceito, como se ela não pudesse fazê-lo feliz. Mas era um casal feliz e eu não deveria ter sentido preconceito - Disse a mulher alta.

Então a mulher com as sacolas logo se pôs a consolar a amiga. Foi quando eu não me contive e as interrompi passando apressada entre as duas, com um pedido de desculpa tão sutil e a contra gosto que nem fora percebido. E sumi, antes que pudesse ouvir mais qualquer coisa.

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